Pedreira cheia (foto: Franklin de Freitas)
Shine On You Crazy Diamond
David Gilmour cumpriu o prometido, também na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, no terceiro dos quatro shows que faz no Brasil, e que não dispensou clássicos do Pink Floyd, ao lado do repertório de seu disco mais recente, “Rattle that Lock”. Como bom inglês que o guitarrista é, começou pontualmente. E seguiu o roteiro já conhecido à risca. E isso em nada diminuiu a intensidade da noite.
Primeiro, algumas canções novas. Porém, belas canções já conhecidas provocam ainda mais comoção. Fiel ao set list que circulou antes do show, e com ingressos esgotados, Gilmour viu uma Pedreira lotada cantar e uníssono o primeiro grande clássico da noite, “Wish You Were Here”, antes mesmo dos primeiros acordes dedilhados por Phil Manzanera, do Roxy Music, soarem. Foi, como se esperava um dos grandes momentos, ainda com a luz do dia iluminando a Pedreira.
Entre novas, e belas, canções do trabalho solo de Gilmour, vieram ainda “Money”, “Us and Them”, “Astronomy Domine”, “Shine on You Crazy Diamond, “Time”, “Breathe (Reprise)”, “Run Like Hell” e “Comfortably Numb”. As músicas do Floyd predominaram, as canções do album solo do guitarrista fizeram bonito também, mas a plateia queria mesmo os clássicos.
A presença de Syd Barret - vocalista original do Pink Floyd - se materializou não apenas nas músicas que reconhecidamente conversam com ele ou são sobre ele, como “Wish You Were Here e “Shine on You Crazy Diamond, mas também em “Astronomy Domine”, do álbum “The Piper and the Gates of Dawn”, momento mais psicodélico, mais ‘garage roots’ do show. “Shine on You Crazy Diamond”, por sua vez, foi o momento mais catártico vivido na Pedreira nesta noite de segunda –feira, que recebeu a visita de uma chuva leve, incapaz de estragar a alegria.
O saxofonista curitibano João Marcelo Mello entrou em cena na terceira música, Faces of Stone, e brilhou em clássicos como “Money” e “Us and Them”, traduzindo para a plateia que “Gilmour está adorando tocar aqui”. Para o bis, “Time”, “Breathe (reprise)” e “Comfortably Numb” demonstram mais uma vez o poder do set list arrebatador que o Pink Floyd deixou para a música.
O diamante louco brilhou novamente.
Coming back to life
Fonte: Bem Paraná Música
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