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04/11/2011

Guy Pratt e Durga McBroom no Brasil com o The End, tributo a Pink Floyd

Guy Pratt: entrevista com o ex-Pink Floyd no Heavy Nation

THE END: Guy Pratt fala sobre sua vinda ao Brasil

No próximo dia 12 de novembro se apresenta em São Paulo o grupo Argentino The End, que presta tributo ao PINK FLOYD, tocando clássicos de toda sua carreira. Dentre os convidados especialíssimos para a turnê estão Durga McBroom, vocalista com extenso currículo ao lado do Pink Floyd e David Gilmour, e o excelente baixista Guy Pratt, que concedeu uma entrevista exclusiva ao Heavy Nation, da UOL. Esbanjando simpatia e bom humor, o habilidoso e conhecido músico nos contou um pouco sobre sua carreira, sobre seu passado com Gilmour e Pink Floyd, e é claro, sobre sua vinda para o Brasil com o The End! Confira!

HEAVY NATION: Você já trabalhou com muitas pessoas no meio da música, como Gary Moore e Iggy Pop, dentre muitos outros. Nunca sentiu vontade de ter sua própria banda, ou projeto solo, algo do gênero?


GUY PRATTNão! Eu gosto de ser um músico de apoio mesmo. Gosto de ajudar nas músicas de outras pessoas. Mas tem algo que eu mesmo faço, que é um programa de comédia, falando exatamente sobre minha carreira. Isso meio que satisfaz a minha vontade de ter um projeto solo, algo só meu. Me sinto bem fazendo as pessoas rirem. Já faço isso há seis anos.

E como você decidiu deixar a música um pouco de lado para se dedicar a isso, além de optar por compor músicas para comerciais e programas de TV?

Bem, é algo que eu amo, e não 'decidi' fazer, acabou acontecendo naturalmente. Mesmo porque não há muito mais trabalhos de gravação para se fazer, já que o mundo da música parece estar meio que em colapso. Sem contar que é algo muito divertido de se fazer! (risos)

Com o Pink Floyd você participou de ótimos álbuns, como The Division Bell, que eu amo, e Pulse. Como foi a sensação de entrar para a história do Rock N' Roll com esses discos? (N da R.: Nesse momento, Guy solta algumas risadas, talvez expressando alguma modéstia) Você tem algumas histórias ou boas lembranças que gostaria de compartilhar?

Bom, sem dúvida existem muitas boas lembranças. No "The Division Bell" eu não fiz muita coisa, devo admitir, apenas toquei e ajudei a compor uma das músicas. Pra falar a verdade, fazer o disco não foi a coisa mais divertida do mundo (risos) O poder das músicas veio mesmo ao vivo, durante a turnê. Quanto ao "Pulse", foi um dos melhores shows que já fizemos, então acho que nem tenho muito o que comentar além disso!


Como surgiu o convite para que você integrasse esse projeto THE END?

Bem, a Durga (Mc Broom, ex-Pink Floyd, atual The End) já havia estado com eles na Argentina e postou algumas fotos da experiência toda no Facebook. Então perguntei pra ela o que era aquilo, onde ela estava e o que estava fazendo, porque tudo me pareceu muito divertido, pois eu nunca tinha vindo à Argentina. No fim, acabou acontecendo de eles me chamarem para tocar com eles uma vez e eu adorei, me diverti bastante. Agora, outro convite aconteceu, para tocar novamente na Argentina e também no Brasil e eu disse sim logo de cara! (risos)

Você ainda mantém contato com David Gilmour?

Sim! Moramos bem próximos um ao outro e nossos filhos freqüentam a mesma escola.

E ele sabe que você está participando desse projeto tributo ao Pink Floyd?

Sim e não gosta muito da idéia! (risos)

Era exatamente isso que eu ia perguntar, se ele estava feliz com a situação! (risos)

Nem um pouco, para falar a verdade! (risos) Mas já expliquei para ele que nunca me apresentarei com The End em lugares que eu já tenha tocado com o Floyd. Nunca viemos a esses lugares, então acho justo que eu venha e toque um pouco de Pink Floyd para esses fãs. Nunca tocaria em Nova York, por exemplo, porque já fiz shows com o Pink Floyd por lá. Mas aqui na Argentina e no Brasil eu encaro como uma grande diversão para mim! Não vejo problema algum porque na verdade, além de não ser um projeto meu, sou apenas um convidado. Toco apenas algumas canções, mesmo porque já deixei claro para os integrantes que existem músicas que simplesmente não me sinto confortável em tocar sem que seja com Gilmour. 

Para aqueles que ainda não conhecem seu trabalho com o The End, conte-nos um pouco sobre a sua participação nos shows, como por exemplo, em quais músicas você participa e.. (Interrompendo) Ah, não posso contar, é surpresa! (risos) 

Mas você toca apenas músicas dos trabalhos que você gravou com o Floyd?


Não, porque no 'Pulse', por exemplo, tocamos muitas músicas em que eu não era o músico original na gravação. Eu toco a "Money", do 'The Dark Side of the Moon', mas devido ao fato de naquele ao vivo de 88, em que eu toquei, eu fiz um solo de baixo que as pessoas gostam e que marcou de certa forma.

Você deve saber que o The End tocou ao vivo e na íntegra o 'The Wall' e também se apresentou junto a uma orquestra. Você já planejou fazer algo do tipo com eles, agora que está se apresentando com a banda?

Bom, até agora eles não falaram nada do tipo para mim! (risos)

Mas você sente vontade sugerir algo como "vamos tocar Pulse a qualquer hora dessas"?

(risos) Não porque seria muito difícil recriar aquele show, quase impossível eu diria! (risos) Aquelas luzes, todo o palco, enfim…

Qual a sensação de tocar as músicas do Pink Floyd agora com outra banda? Você revive alguns momentos em sua cabeça?

Não, definitivamente não, porque o clima e a intenção são outros. Tenho o objetivo de apenas dar aos fãs antigos e tão apaixonados o gostinho e a oportunidade de ouvir essas músicas serem tocadas ao vivo. E o pessoal do The End conhece e ama muito as músicas, além de serem pessoas muito legais. 

Já que já teve a oportunidade de tocar na Argentina, qual a diferença que você sentiu entre esse público sulamericano e do resto do mundo, já que você é um músico de longa data e já se apresentou em vários lugares?

Eles são bem parecidos com os fãs italianos: muito apaixonados e emotivos! 

Quanto à reação dos fãs, você percebe muitas diferenças entre tocar com o Pink Floyd e com o The End?

Sem dúvida há muito menos pessoas! (risos) Mas isso não me chateia, porque com a turnê do Daivd Gilmour também fiz alguns shows mais intimistas, com umas três mil pessoas. Eu acho legal a experiência de tocar músicas que estamos acostumados a tocar em estádios, em lugares bem menores. Elas ganham outra roupagem. 

Você esteve no Brasil antes, certo?

Sim, toquei há dois anos em São Paulo com o Jon Lord, em um show ao ar livre, durante a madrugada!


Ah sim, durante a Virada Cultural, que é realizado pela prefeitura da cidade! Eu estava lá!

Pois é, aquele ali com o Lord era eu! (risos) Tocamos com uma orquestra, foi demais!

E o que você achou do público brasileiro?

São maravilhosos! Os fãs são incríveis!

Quais as expectativas então para esse show com o The End por aqui?

Não sei, não tenho expectativas! (risos) Nunca sei o que esperar até chegar a hora do show!(risos)

Quais são seus planos para o futuro, com ou sem o The End?

Vou continuar compondo para musicais e programas de TV, e além disso estou terminando de escrever outro livro.

E este será sobre qual assunto?

A mesma coisa que o outro: falarei mais sobre minha carreira com mais algumas velhas histórias loucas no meio! (risos)

Quanto ao Gilmour, algum plano para trabalharem juntos novamente no futuro?

Nada que eu saiba! Trabalhar com ele é incrível, eu amo! Ele é um dos maiores entendedores de música que já conheci!


  • Guy Pratt (breve biografia)

 Nasceu em Londres em 1962, filho do famoso compositor e ator Mike Pratt.

Após uma experiência como designer gráfico no gabinete Jonty Design, Guy decide prosseguir uma carreira como músico, que teve início quando foi convidado a juntar-se ao grupo Icehouse (que na altura gozava dum sucesso enorme na Austrália) para a digressão mundial da banda. Tinha nessa altura 19 anos. (Nessa digressão serviu de banda de apoio de David Bowie na sua lendária “Serious Moonlight “ Tour de 1983.)

Esta exposição pública conduziu ao reconhecimento e convites de artistas como Robert Palmer, Bryan Ferry, Womack & Womack, e até The Smiths entre outros nomes antes de ser convidado a entrar na 'premier league' de baixistas, quando David Gilmour o convidou a tocar no Pink Floyd.

Após 13 meses na estrada, parte subitamente para Los Angeles onde é requisitado por Madonna, Michael Jackson e Robbie Robertson antes de iniciar majestosos espectáculos em Veneza e Moscovo com o Pink Floyd.

De regresso a Londres, Guy gravou em inúmeros discos de sucesso de Tom Jones, Sophie Ellis Bextor, Iggy Pop, The Pretenders, Ronan Keating, Electronic, Echo & the Bunnymen, Lemon Jelly, The Orb, Natalie Imbruglia, All Saints, Bond, e Elton John. Bem como participou em digressões com Coverdale & Page, The Power Station e Gary Moore.

Em 1996 casa-se com Gala Wright, designer, filha de Richard Wright, tecladista do Pink Floyd. Também experimentou os seus dotes como escritor e produtor, obtendo alguns sucessos em parceria com artistas como Robert Palmer, The Orb, Fat Les, Jimmy Nail, Marianne Faithful e Debbie Harry (Blondie).

Ganhou um Grammy e foi nomeado para 2 Ivor Novello Awards.

À parte a sua carreira como baixista, Guy passou os últimos anos no comparativamente calmo mundo da música para TV compondo, escrevendo e produzindo bandas sonoras para oChannel 4's ‘Spaced’ (Séries 1&2), ‘Now You See Her (filme para a Sky TV), 'The Young Person's Guide to becoming a Rock Star', ‘Randall & Hopkirk (deceased)’, e as séries da BBC'Linda Green' (1 &2,ambas gravadas em Havana), também Dawn French’s “Wild West” e' Jimmy Nail’s Crocodile Shoes 2'. Para não mencionar a música de abertura do ‘the Pepsi Chart show ‘e vários anúncios comerciais.

  • Dunga McBroom

The End & Durga McBroom em Run Like Hell



  

Em 1988, David Gilmour conheceu Durga, enquanto eles estavam gravando um álbum com Nile Rodgers. Durga começou a excursionar com o Pink Floyd na primeira etapa do Momentary Lapse of Reason Tour e continuou com a turnê chamada Delicate Sound of Thunder. Durga McBroom também cantou no *Concerto de Knebworth (Concerto de Caridade - Prêmio Prata Clef Show, 30 de junho de 1990) e mais tarde no Division Bell e os subsequentes da turnê em 1994. Ela pode ser visto nos vídeos da música "On The Turning Away" e "Dogs Of Wars". Ela também estave no palco no concerto em Veneza transmitido ao mundo pela TV.


Este vídeo de Knebworth registra simultaneamente de forma exemplar, a expressiva participação de Guy Pratt e a notória liderança de Durga frente as vocalistas de base, além de uma performance espetacular do Pink Floyd interpretando "Run Like Hell"

Durga McBroom with David Gilmour & Rick Wright - Alive 



Numa clara demonstração de apreço e reconhecimento à bela e sensual Durga McBroom, Gilmour que aparece tocando e Wright em seu primoroso e inconfundível desempenho nos teclados, contribuíram graciosamente abrilhantando com suas participações a promoção do trabalho desta incrível cantora.


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