O Collage é mais uma banda da nova geração do rock progressivo (Pendragon,Satellite IQ,....), foi fundada na Polônia e em 1989 lançou seu primeiro álbum, "Basnie" e em seguida a ele, vieram, "Moonshine" em 1994,"Changes" de 1995 e "Safe" de 1996.
Este que destaco e posto agora, "Nine Songs Of John Lennon" foi produzido em 1993, não com covers, mas com novos arranjos paras as músicas de um dos maiores gênios de todos os tempos, John Lennon.
São nove músicas de pura emoção, talento, criatividade e principalmente de coragem, pois iriam interferir em músicas consagradissimas e a probabilidade do trabalho não ser aceito pelos fãs de John Lennon e dos Beatles, de seus próprios fãs dentro e fora da Polônia e pela crítica em geral era muito grande, mas eles apostaram no talento e o fato é que não aconteceu o pior, pois é muito difícil alguém não gostar deste álbum, principalmente para nós, amantes dos grandes e rebuscados arranjos de guitarras e teclados que com muita sabedoria foram explorados pelos rapazes do Collage.
A coragem foi tanta que no novo arranjo para a música "Give Peace a Chance"que bem desfigurada de seu formato original, foi recheada de teclados sinfônicos e inclusive trechos de músicas do Deep Purple com "Smoke on the Water" e do Led Zeppelin com"Rock and Roll" foram inseridas no contexto da música com muita competência e o resultado ficou fantástico.
Músicas como "Power To The People"e "Tomorrow Never Knows" ganharam arranjos de arrepiar, na medida certa, sem exibicionismos ou exageros, demonstrando facilmente que foi feito por gente que entende muito do assunto, trabalho extremamente profissional e sem preocupações comerciais para agradar gravadoras e/ou rádios FM's, portanto agrada a todos nós.
Especificamente sobre a segunda música que citei a pouco, "Tomorrow Never Knows", essa já veio desde o berço, progressiva, pois é só escutar a versão original, para sentir algo diferente em seu arranjo que não combina com o que conhecemos das demais músicas de John Lennon e dos Beatles e o fato é que esta música já foi explorada por outras bandas e uma versão que me recordo agora tem a participação de Brian Eno e Phil Manzanera e está em um álbum chamado "801 Live", simplesmente incrível.
O álbum como um todo é excelente não só pelo repertório escolhido o que já seria suficiente para classificá-lo desta forma, mas principalmente pelo cuidadoso tratamento que foi dado a todas as músicas que de forma alguma sofreram mutilações, mas muito ao contrário, ganharam uma nova plástica graças ao talento desta banda que corajosamente enfrentou esta difícil tarefa de transformar o que já era bom demais em algo no mínimo fora do comum.
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