"Welcome Back My Friends to the Show That Never Ends... Ladies and Gentlemen" Com essa chamada entrava no palco o trio mais sinfônico da história do rock progressivo. Sua história começa no fim dos anos 60, quando "Keith Emerson", tecladista do quarteto "The Nice", percebeu as imensas possibilidades de um power trio baseado em teclados, após o guitarrista "David O’List" deixar a banda. Ao desfazer o grupo, "Keith" entendeu por em prática convidando "Greg Lake", então baixista e vocalista do "King Crimson" – que conhecera numa jam session no "Filmore West" em San Francisco, e juntos começaram a procurar um baterista que se encaixa-se dentro do perfil almejado. Um fato curioso, foi que nesta época existiam fortes rumores quanto a possibilidade do maior guitarrista de todos os tempos, "Jimi Hendrix", juntar-se ao dois, (isso antes de conhecerem "Carl Palmer"). Provavelmente os rumores decorreram a partir de quando se soube que "Greg" havia conversado com seu amigo e baterista "Mitch Mitchell", que naquele momento estava disponível.
Após todos estes anos, recentemente em entrevista à Classic Rock, ainda no ano passado, "Greg Lake" decidiu esclarecer a verdade por trás destes rumores envolvendo "Jimi Hendrix" com o "Emerson Lake & Palmer", quando até já se especulava que a banda seria então chamada HELP.
Nesta época Lake já era uma atração no cenário do rock, sua presença se fez conhecida como vocalista e baixista nos dois primeiros álbuns do "King Crimson" - 1969, "In The Court Of A King Crimson" e "In The Wake Of Poseidon" de 1970, que já na ocasião eram reconhecidos como algo fenomenal.
"Greg" comentou a cerca de uma possível união musical que nunca se materializou entre ele e "Hendrix": "Jimi costumavam vir e assistir 'King Crimson' tocar", Lake continua: "Quando Keith (Emerson) e eu ficamos juntos, fomos à procura de um baterista. A primeira pessoa com quem eu conversei foi "Mitch Mitchell" foi porque o "Experience" ("The Jimi Hendrix Experience"), havia terminado recentemente e "Jimi" estava numa turnê ("Band of Gypsies"). "Mitch" estava disponível naquele momento, e me disse que talvez nós devêssemos começar com "Jimi", juntos. Ele vai encerrar sua turnê em poucas semanas, e nós podemos ficar juntos e talvez nós quatro possamos tocar. Eu disse, 'justo', e é assim que a conversa se encerrou."
"Alguns dias depois", comenta "Lake", "nós recebemos um telefonema de Roger Stigwood (Gerente do "Cream" e do "Bee Gees"), que disse: "Olha, eu tenho o baterista perfeito para você. Um cara chamado "Carl Palmer" do "Atomic Rooster" (banda de rock progressivo britânica formada pelos ex-integrantes da banda de Arthur Brown "Crazy World of Arthur Brown"). Então nós tocamos juntos, e instantaneamente ficou óbvio que a química era perfeita. Essa era a banda que estávamos procurando. E assim o foi realmente. Pouco tempo depois, lamentavelmente "Jimi" foi encontrado morto em um apartamento em Londres. A imprensa tem um baú de histórias sobre a possibilidade de tocar com "Hendrix", e especulou-se que o grupo seria chamado HELP. Mas, infelizmente, foi apenas um boato."
No final de 1973, o álbum "Brain Salad Surgery" foi lançado, se tornando o álbum de estúdio mais famoso da banda. As letras foram parcialmente escritas por "Peter Sinfield", que foi o criador do conceito "King Crimson", e único letrista em seus primeiros quatro álbuns. As subsequentes turnês mundiais foram documentadas nesta gravação ao vivo tripla, intitulada "Welcome Back My Friends to the Show That Never Ends... Ladies and Gentlemen".
A faixa mais conhecida é "Karn Evil 9 - 1st Impression, Part 2" (famosa pelo bordão Welcome back my friends...). "Karn Evil 9" como um todo teve que ser originalmente dividida nos lados A e B do álbum. O CD estadunidense também dividia a faixa, mas os lançamentos mais recentes em CD (como neste caso), apresentavam a obra em uma só faixa. Além disso, esta edição é o melhor resultado a nível de audição disponível, graças a excelente remasterização (talento japonês incomparável), feita pela Victor (JVC). Também foram incluídas faixas bônus.
Na faixa instrumental "Toccata", baseada no primeiro concerto para piano de Alberto Ginastera, efeitos especiais de sintetizador foram produzidos não por "Keith Emerson" mas por "Carl Palmer", usando a técnica recém desenvolvida de sintetizadores de bateria. Ginastera aparentemente não ligou para a utilização de sua obra pela banda, nem cobrou seus direitos autorais. Pelo contrário, o compositor gostou da nova versão. A capa do álbum foi desenhada por H. R. Giger.
Este registro reúne um repertório equivalente ao de uma apresentação completa da banda, porém sem informar onde e quando, apenas que o material é oriundo da tour mundial entre 1973/74. "Welcome Back,..." chegou as lojas em agosto de 1974, atingindo a 4ª posição nos EUA, a melhor marca na história do "ELP".
Este registro reúne um repertório equivalente ao de uma apresentação completa da banda, porém sem informar onde e quando, apenas que o material é oriundo da tour mundial entre 1973/74. "Welcome Back,..." chegou as lojas em agosto de 1974, atingindo a 4ª posição nos EUA, a melhor marca na história do "ELP".
O repertório inclui desde o álbum de estréia "Emerson, Lake & Palmer" (1970) até o principal. "Brian ...". A única exceção é "Pictures at an Exhibition" de onde nada foi incluído. Incluem-se 2 suítes: "Tarkus" do álbum "Tarkus" (1971) e "Karn Evil 9".
Em respeito a performance, "ELP" ofereceu uma frenética apresentação em aproximadamente 2 horas, mesclando requinte, habilidade, momentos de rara beleza, e em sua maioria, virtuosos ritmos alucinantes. Interpretando desde as famosas baladas de "Greg Lake", "Still... You Turn Me On", "Take A Pebble" e "Lucky Man", passando pelos épicos já citados, e é claro as improvisações geniais de "Keith Emerson" em perfeita sincronia com solos complexos, absurdamente rápidos, e extremamente técnicos de "Carl Palmer". "Tarkus" sempre foi minha preferida no repertório da banda, neste caso ao vivo, uma performance genial, brilhante, além de tudo, "Greg" canta um trecho de "Epitaph", emocionando a platéia, e apesar de não estando presente, ao ouvir é contagiante, parece-se estar lá. O álbum também revela o lado guitarrista de "Greg Lake". Vale lembrar que a proposta do ELP, era de um trio formado por teclados, bateria, baixo e voz.
Em estúdio algumas partes de guitarra, como o solo de "Karn Evil 9 (3rd Impression)", eram feitos por "Greg Lake". Ao vivo, "Lake" assumia a guitarra num espaço de tempo entre as partes enquanto "Keith Emerson" e ou o baterista "Carl Palmer" promoviam uma espécie de ponte, assim "Greg" trocava o baixo pela a guitarra, e "Keith Emerson" assumia o baixo, utilizando as pedaleiras de seu órgão Hammond, comandando os tons graves com sua mão esquerda, num sincronismo que mantinha a platéia com a respiração presa até o retorno de "Lake". Concluindo, "Welcome Back,..." mostra com exatidão a fase mais promissora do "ELP", em um registro ao vivo lendário, "obrigatório", por assim dizer, aos fãs do rock progressivo sinfônico. Boa audição!
Emerson, Lake & Palmer
Welcome Back My Friends To The Show That Never Ends (Live)
Brain Salad Surgery (Studio)
73/74 - (2010)
CD 1
1. Hoedown (Taken From Rodeo)
2. Jerusalem
3. Toccata (An Adaptation Of Ginastera's 1st Piano Concerto, 4th Movement)
4. Tarkus
a. Eruption
b. Stones Of Years
c. Iconoclast
d. Mass
e. Manticore
f. Battlefield (Including Epitaph)
g. Aquatarkus
5. Take A Pebble (Including Still... You Turn Me On And Lucky Man)
2. Jerusalem
3. Toccata (An Adaptation Of Ginastera's 1st Piano Concerto, 4th Movement)
4. Tarkus
a. Eruption
b. Stones Of Years
c. Iconoclast
d. Mass
e. Manticore
f. Battlefield (Including Epitaph)
g. Aquatarkus
5. Take A Pebble (Including Still... You Turn Me On And Lucky Man)
CD 2
1. Piano Improvisations (Including Friedrich Gulda's 'Fugue' And Joe Sullivan's 'Little Rock Getaway')
2. Take A Pebble (Conclusion)
3. Jeremy Bender / The Sheriff (Medley)
4. Karn Evil 9
a. 1st Impression (Includes Percussion Solo)
b. 2nd Impression
c. 3rd Impression
Bonus Tracks
5. Still... You Turn Me On (Live At Anaheim 1973/1974)
6. Lucky Man (Live At Anaheim 1973/1974)
Karn Evil 9: 3rd Impression
(lyrics by Peter Sinfield)
Homem solitário; nasceu da pedra
Marcará a poeira do tempo
Suas mãos acenderão a chama da sua alma
Lançará uma corda para uma árvore e suspenderá o universo
Até o vento da alegria soprar frio
Medo que zumbi nas orelhas dos homens
E trazeiros dos repugnantes chefes
Medo..........morte..........no vento.......
Homem de aço, reza e ajoelha
Com fervor esta ardendo a tocha
Golpeado na face da noite
Atrai uma lâmina de compaixão
Beijada por incontáveis reis
Cujas trombetas incrustadas de jóias cegam sua visão
Paredes que o homem não pensou que cairiam
Os altares dos justos
Esmagados..........poeira........no vento
Homem não se renda a quem voa em minha nave
Perigo!
Deixe o computador do comando falar
Estranho!
Carregue seu programa. eu sou você
Sem racks de computador em meu caminho
Somente sangue pode acalmar minha dor
Guardiões da nova e clara madrugada
Deixam os mapas da guerra serem desenhados
Alegre-se! a glória é nossa!
Nossos jovens homens não tem morrido em vão
Suas sepulturas não precisam de flores
As fitas tem seus nomes gravados
Eu sou tudo que existe
Negativo! primitivo! limitado! eu te deixo viver!
Mas eu te dei vida
O que você poderia fazer?
Fazer o que era direito
Eu sou perfeito! e você?
(1st Impression - Part 1)
Terceira impressão
Homem solitário; nasceu da pedra
Marcará a poeira do tempo
Suas mãos acenderão a chama da sua alma
Lançará uma corda para uma árvore e suspenderá o universo
Até o vento da alegria soprar frio
Medo que zumbi nas orelhas dos homens
E trazeiros dos repugnantes chefes
Medo..........morte..........no vento.......
Homem de aço, reza e ajoelha
Com fervor esta ardendo a tocha
Golpeado na face da noite
Atrai uma lâmina de compaixão
Beijada por incontáveis reis
Cujas trombetas incrustadas de jóias cegam sua visão
Paredes que o homem não pensou que cairiam
Os altares dos justos
Esmagados..........poeira........no vento
Homem não se renda a quem voa em minha nave
Perigo!
Deixe o computador do comando falar
Estranho!
Carregue seu programa. eu sou você
Sem racks de computador em meu caminho
Somente sangue pode acalmar minha dor
Guardiões da nova e clara madrugada
Deixam os mapas da guerra serem desenhados
Alegre-se! a glória é nossa!
Nossos jovens homens não tem morrido em vão
Suas sepulturas não precisam de flores
As fitas tem seus nomes gravados
Eu sou tudo que existe
Negativo! primitivo! limitado! eu te deixo viver!
Mas eu te dei vida
O que você poderia fazer?
Fazer o que era direito
Eu sou perfeito! e você?
*Definição
(1st Impression - Part 1)
"Karn Evil" é um trocadilho com a palavra "Carnival". O nove foi um número escolhido aleatoriamente, um número automático que soa bem*. A suite de quase 30 minutos conta sobre um mundo futurista em que a sociedade é inteiramente apegada aos computadores. Todo o mal da antiga sociedade foi extinto e sua decadência é reproduzida através de desfiles de carnaval.
Na primeira impressão (parte 1), o ser do futuro descobre através da brisa do passado como era a humanidade antigamente. Ele vê crianças sentindo frio, refugiados vivendo na miséria, homens traidores e sem compaixão. Ele pega esses elementos (inexistentes em seu mundo) e reproduz um animado carnaval. Ele pede que todos entrem e divirtam-se com os eventos. Uma das atrações inclui tirar Jesus de uma cartola.
(1st Impression - Part 2)
O festival continua com a chamada "Welcome back my friends to the show that never ends" (frase usada como título do álbum ao vivo gravado no ano seguinte e também por locutores esportivos). Nessa parte há atrações como a rainha egípcia sendo levada à guilhotina e a exibição da vista das "sete virgens e uma mula".
(2nd Impression)
A segunda impressão é instrumental e interpreta o carnaval. Ao longo da faixa é ouvida a voz de uma criança "Daddy, let's go see the carnival!". Na realidade é voz de Keith Emerson alterada.
(3rd Impression)
A terceira impressão retrata os humanos como seres inferiores aos computadores criados por eles mesmos. Os humanos, fonte de todo o mal, nasceram da pedra (karn evil) e se firmaram como seres primitivos e limitados se comparados aos computadores. No final da música há um diálogo entre um humano e um computador, cuja última fala é a tese argumentativa do computador: "Eu sou perfeito, você é?".
*Interpretação - progresenhas.blogspot.com.br
Live
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