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01/07/2012

Trecho do cap. 5 do livro "Nos bastidores do Pink Floyd"


Aprecie um pedacinho do livro!

Anos depois, Mason admitiu para a imprensa que os relacionamentos dentro da banda eram parecidos com "fazer parte de uma pequena unidade do exército ou escola preparatória, porque podíamos oscilar facilmente do amor ao ódio".

"Nunca era dois contra dois. Era sempre três contra um", ele disse ao repórter da revista Sounds, Steve Peacock. "Às vezes era algo absurdo de se assistir. Brincadeiras se tornavam provocações e bullying. Podíamos ser bem desprezíveis."

Para Mason, havia menos a ser disputado. Além de ser o amigo mais próximo de Waters na banda, ele escreveu poucas músicas de sua autoria e, portanto, nunca precisou lutar contra Roger e os demais para ter seu material nos álbuns do Floyd. Para Gilmour e Wright, o baixista era mais que um problema. Wright, que chegou a ser visto pelo gerenciamento do Floyd como o compositor mais forte da banda após a saída de Syd Barrett, havia sido completamente eclipsado pelo prolífico Waters. Some-se a isso o fato de que os dois nunca se deram bem de verdade. "Eu tinha um choque de personalidade com Roger Waters mesmo na Regent Street Poly", diz Wright. "Não escolhemos ser amigos, mesmo naquela época. Sendo o tipo de pessoa que é, Roger tentava te irritar e fazer com que você ruísse."

Gilmour podia parecer reservado, mas era incrivelmente teimoso, um traço que se manifestaria em sua plenitude quando Waters lutou para dividir a banda nos anos 1980. Em 1970, entretanto, o guitarrista ainda dava de ombros ao seu "status de novato" e lutava para se estabelecer como compositor.

"Roger não faz mais em termos de música do que o resto de nós", ele afirmou em uma entrevista na época do Atom Heart Mother. Mas anos depois, ele diria que "Roger era o homem das ideias e o motivador, e ajudava a empurrar as coisas para a frente."

Para Waters, os outros eram o problema. "Havia sempre uma grande briga entre os músicos e os arquitetos", admitiu. "Nick e eu éramos relegados a esta posição inferior de sermos arquitetos, olhados com desdém por Rick e Dave, que eram os músicos."

Ron Geesin lembra-se com vivacidade das brigas de seu antido amigo: "Roger resmungava a maior parte do tempo quando o conheci. Ele expressava insatisfação frequente por causa da acomodação do grupo quanto à manifestação de suas ideias. Eu só dizia 'Deixe para lá!'. Mas, claro, ele estava preso a isso. Sabia quais eram seus interesses. Por isso, Roger só saiu do Pink Floyd quando teve condições para se manter."

Nos bastidores do Pink Floyd

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