resenha do álbum
Existem muros, reais e fictícios, que separam a humanidade. Alguns de concreto — como os de Berlim ou o que pretende criar o presidente Donald Trump na fronteira dos EUA com o México. Outros como autodefesa, uma barreira ilusória para afastar o indesejado. Esses serviram até de inspiração para o universo das artes, como é o caso do clássico The Wall, do Pink Floyd que este ano completa 40 anos. O álbum narra a trajetória de Pink, um rockstar fatigado que se impõe um isolamento da sociedade simbolizado pela expressão que dá nome ao trabalho. São desse registro as emblemáticas composições ‘Another Brick in the Wall’ (partes 1, 2 e 3), ‘Mother’, ‘Hey You’ e ‘Comfortably Numb’.
The Wall é o décimo primeiro álbum de estúdio da banda britânica. Lançado como álbum duplo em 30 de novembro de 1979 foi, posteriormente, tocado ao vivo com efeitos teatrais, além de ter sido adaptado para o cinema e a distribuição fonográfica se deu pela Harvest Records no Reino Unido e pela Columbia Records nos Estados Unidos.
Seguindo a tendência dos três álbuns de estúdio anteriores da banda, The Wall é um álbum conceitual, tratando de temas como abandono e isolamento pessoal. Foi concebido, inicialmente, durante a turnê In the Flesh, em 1977, quando a frustração do baixista e letrista Roger Waters para com seus espectadores tornou-se tão aguda que ele se imaginou construindo um muro entre o palco e o público. The Wall é uma ópera rock centrada em Pink, um personagem fictício baseado em Waters. As experiências de vida de Pink começam com a perda de seu pai durante a Segunda Guerra Mundial, e continuam com a ridicularização e o abuso de seus professores, com sua mãe superprotetora e, finalmente, com o fim de seu casamento. Tudo isso contribui para uma autoimposta isolação da sociedade, representada por uma parede metafórica.
O álbum contém um estilo mais duro e teatral do que os lançamentos anteriores do Pink Floyd. O tecladista Richard Wright deixou a banda durante a produção do álbum, embora tenha continuado no processo de gravação como um músico pago, apresentando-se com o grupo na turnê The Wall.
Comercialmente bem-sucedido desde o seu lançamento, o álbum foi um dos mais vendidos de 1980 e vendeu mais de 11,5 milhões de unidades nos Estados Unidos, atingindo a primeira posição da Billboard. Um dos singles lançados, “Another Brick in the Wall, Part 2”, esteve em várias paradas ao redor do mundo. Em 2003, a revista Rolling Stone listou The Wall na octogésima sétima posição em sua lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos.
The Wall segundo o site Discogs tem 551 versões, pode ser considerado um dos discos mais lançados no mundo. Sua prensagem original é de 1979 e é inglesa pelo selo Havest , nos EUA pela Columbia e no Brasil pela CBS Discos e no mesmo ano.
Da Iugoslávia à antiga Alemanha Oriental, de Portugal a Hong Kong, da Malásia á Colômbia e Equador, o The Wall rodou o mundo em várias versões, inicialmente em vinil e k7 e depois em CD e hoje está também nas principais plataformas de streaming.
Os vinis de prensagem originais são muito procurados e a brasileira de 1979 da CBS sobre os números 138.170 e 138.171 podem, se encontrados no mercado de usados e em bom estado, valer cerca de 100 dólares! É um disco para colecionador nenhum botar defeito!
Uma peculiaridade da edição inaugural brasileira é que ela é muito elogiada pelos seus aspectos técnicos na construção do disco e dizem os entendidos que não deixa nada a desejar em comparação com os vinis importados da época.
Em 2016, The Wall, foi reeditado em vinil nos EUA, Japão e Europa pelo selo Pink Floyd Records e no Brasil também em 2016 em CD pela Sony Music e Pink Floyd Records, porém aguarda-se a nova edição brasileira em vinil, visto que os discos do Pink Floyd estão aos poucos sendo relançados em vinil nacional pela referida gravadora.
The Wall é um álbum tão importante que ficou no topo das paradas da Billboard por quinze semanas e em 1999 foi certificado de platina 23x. Continua sendo um dos álbuns mais vendidos nos Estados Unidos e tem vendagem expressiva até os dias de hoje em todo o mundo.
Entre 1979 e 1990 vendeu mais de dezenove milhões de cópias mundialmente. É o segundo álbum mais vendido do Pink Floyd, apenas atrás de The Dark Side of the Moon (1973). O trabalho do engenheiro James Guthrie foi recompensado em 1980 com um Grammy de Melhor Gravação (não clássica) e The Wall está na 87.ª posição na lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos, publicada pela revista Rolling Stone no ano de 2003.
A formação do Pink Floyd para este disco era com:
Roger Waters no vocal, baixo, guitarra rítmica, sintetizadores e efeitos sonoros
David Gilmour na guitarra solo, guitarra rítmica, vocal, baixo, sintetizadores
Nick Mason na bateria e na percussão e
Richard Wright no piano, órgão Hammond, piano elétrico, sintetizadores, e pedais
Não podemos deixar de mencionar o sucesso que o álbum fez nos cinemas.
Em 1982 o diretor britânico Alan Parker, fez o filme Pink Floy The Wall onde o roteiro foi escrito pelo vocalista e baixista da banda, Roger Waters,
Possuindo poucos diálogos e mais metafórico e movido pelas músicas como fundo para as interpretações e sequências de animação, dirigidas pelo cartunista político Gerald Scarfe, o músico e ator Bob Geldof, da banda punk The Boomtown Rats, fez o papel do roqueiro Pink.
E em 2009 Roger Waters iniciou uma turnê mundial com The Wall de Rogers Waters e que foi apresentada no Brasil em 2012. Foram apresentações apoteóticas que inclusive deram origem a um novo filme homônimo.
Texto oriundo do site Universo do Vinil
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