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24/03/2013

Hoje "The Dark Side of the Moon" comemora 40 anos sem envelhcer


 (Reprodução)

O que são 4 décadas para algo atemporal?

Intuitivo e racional, misterioso, original, lírico, pretensioso, orgânico e místico. Não são poucas as tentativas de se definir o disco 'The dark side of the moon', obra-prima da banda inglesa Pink Floyd. Ao completar neste mês 40 anos de “viagem”, o álbum parece rejuvenescer a cada ano, ao ganhar novos fãs e ratificar sua mensagem aos admiradores mais antigos. Concebido pelas mentes estratosféricas de Roger Waters, David Gilmour, Rick Wright e Nick Mason, o famoso disco do prisma já nasceu grande ao propor um novo conceito musical, que explorava sons, imagens, abusava da tecnologia e propunha discussões políticas e filosóficas. Com o lançamento de seu oitavo trabalho, a banda atingiu a maturidade.

O álbum seria o canal perfeito para promover sua catarse de amplitude universal. Tempo, violência, morte, ganância, medo e loucura eram apenas algumas das questões que o letrista exorcizou, jogando luz nas trevas da lua. “O disco trata de temas particulares de cada integrante do Pink, mas que são universais.

Bandas como Radiohead – do clássico “Ok Computer” desenvolve o mesmo conceito de “The Dark Side Of The Moon”, a perda da capacidade do indivíduo de funcionar no mundo moderno – ao dub e à música eletrônica, quase tudo o foi feito de mais cerebral e criativo na música pop reaproveitou idéias desenvolvidas pelo Pink Floyd há 40 anos.

Todos se identificam, pois as angústias ali colocadas são sentidas por toda a humanidade. Isso fez com que Dark side… não ficasse datado. Ele foi criado há 40 anos e continuará atual daqui a 100. O disco provou também que é possível fazer música de qualidade, com conteúdo e ainda vender muito”, analisa o jornalista e admirador do Pink Floyd Gustavo Miranda.

"The Dark Side of the Moon" vendeu 50 milhões de cópias e ficou 803 semanas entre os 200 mais vendidos nos EUA

Gravado no lendário estúdio Abbey Road e lançado em março de 1973, em Londres, o disco – que teve o nome emprestado do verso da canção 'Brain damage', “I'll see you on ‘the dark side of the moon” – tornou-se um clássico de forma instantânea. Elogios de crítica e público atestaram que os músicos acertaram na forma e no conteúdo. Se por um lado o álbum revolucionava com o uso de sintetizadores e efeitos sonoros incomuns, por outro as letras disparavam impetuosas rajadas filosóficas. O vulcão sonoro que acabara de eclodir deu ao Pink Floyd o primeiro lugar nas paradas, vendas inimagináveis e a certeza de que a banda entrara com estilo no panteão do rock. “Lembro-me de que na primeira vez em que escutei o disco falei: ‘Nossa, isso é forte, é diferente.’ Este foi o disco que mudou a vida do Pink Floyd definitivamente. Eles saíram do underground para se transformar em estrelas do rock mundial”, acredita Bruno Morais, vocalista, guitarrista e diretor musical do Ummagumma The Brazilian Pink Floyd, grupo cover dos ingleses e que tem show marcado para o dia 16 em BH, no Palácio das Artes.

Muito além de um marco comercial, “The Dark Side Of The Moon” é um dos trabalhos mais importantes do rock. Os métodos de gravação e efeitos sonoros desenvolvidos ali revolucionaram as técnicas de estúdio, ajudando a moldar o som da música pop das décadas seguintes.

O aniversário do álbum do Pink Floyd, têm um motivo a mais para festa. Na última quinta-feira, o disco  passou a integrar o acervo da gigantesca e relevante Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. Mais um reconhecimento ao álbum com a famosa capa do feixe de luz que atravessa um prisma e vira arco-íris, repleto de clássicos como “Money”, “Time” e “The Great Gig In The Sky”, é o terceiro álbum mais vendido de todos os tempos, de acordo com a RIAA (recording industry association of America – associação americana da indústria fonográfica).

Por trás da vendagem astronômica está o approach mais direto em relação aos trabalhos anteriores. Sem abandonar a experimentação e os climas psicodélicos, o disco apresenta composições mais acessíveis, com uma dose menor das viagens instrumentais que marcaram a fase anterior do Pink Floyd.

O oitavo disco do Pink Floyd traz letras que falam de amor, dor, ambição e demência - referências diretas a Syd Barrett (1946-2006), cantor nos dois primeiros álbuns do Pink Floyd que deixou a banda em 1968.

A intrincada sonoridade, que a cada audição parece revelar nuances ainda não percebidas, foi construída com ajuda de muitos shows. Na época, o Pink Floyd cumpria turnês na Europa que arrebatavam cada vez mais fãs.

O grupo tratava a experiência no palco como uma coisa quase sacra, e a plateia comungava com o quarteto. Fez shows antes, durante e depois das gravações, chegando a tocar faixas inéditas, que depois entrariam em "The Dark Side of the Moon".

VÁRIAS VERSÕES

Já foram lançadas 18 edições diferentes de "The Dark Side of the Moon", variando formatos e qualidade técnica de reprodução. A mais audaciosa é "The Dark Side of the Moon - Immersion Box Set", com seis discos (entre CDs e DVDs) de remasterizações, demos, documentários e shows. 

O álbum gerou tanto culto que há produtos no mercado brasileiro que tentam decifrá-lo: o livro "The Dark Side of the Moon", de John Harris (Zahar, 224 págs.) e o documentário em DVD "Classic Albums: Pink Floyd and the Making of The Dark of the Moon" (importado).

Uma simpática homenagem 

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