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26/09/2013

Streaming é o futuro, declarou Nick Mason




Nick Mason disse que a indústria da música finalmente aceitou serviços de streaming, mas acrescentou que ainda há uma tensão entre as gravadoras e os artistas.

Falando ao The Wall Street Journal - Tech Café no coração da Tecnologia em Londres, Mr. Mason disse que a banda, que tinha resistido em tornar sua música disponível digitalmente, tinha sofrido um transplante de coração.

Ele disse que Pink Floyd nunca gostou da ideia de pessoas "cherry-picking", (neste caso, suprimindo o conceito do álbum como um todo), ouvindo músicas separadas de álbuns completos, mas o Sr. Mason disse que agora vê serviços de streaming como o Spotify AB como o futuro da indústria da música, e os discos compactos como uma arte que irá sucumbir. Ele também identificou a Apple Inc.’s iTunes como outra "tendência em queda".

"A Spotify para nós foi um sucesso", disse ele. "Muitas pessoas realizaram streaming de nossa música, e mais importante, também um monte de pessoas que ainda não estavam familiarizadas com a nossa música. Eu diria que talvez algo diferente, se estivéssemos tendo essa discussão um ano e meio atrás, mas agora está se tornando claro que o streaming não é outra forma de pirataria, e você pode argumentar que a música está sendo mais ouvida agora que ... no passado".

Em uma conversa apimentada com vistas à indústria, bem como relatando o ganho extraordinário da banda como uma marca global, Mr. Mason reservou suas impressões mais fortes para a indústria fonográfica. As gravadoras, diz Mr. Mason, têm um tempo de difícil adaptação à nova realidade.

"As gravadoras precisam trabalhar mais adequadamente com os artistas," Mr. Mason disse: "ou eles é quem vão perder." Ele argumentou que os selos realmente não têm feito muitos favores para si mesmos por não prestar atenção suficiente à relação que têm com os artistas, bem como a natureza de alguns dos contratos e outros acordos de que eles se serviram no passado.

"O principal problema com as gravadoras é que eles já não podem mais se dar ao luxo de utilizar o mesmo tipo de processo aos novos artistas que eles adotavam no passado. O lançamento de novos artistas ou bandas simplesmente se tornou muito caro para eles, agora que seu modelo de negócio e as suas receitas estão sob pressão ", disse ele.

Jill Furmanovsky / Nick Mason

"Nós vamos ter que encontrar outras maneiras de identificar o talento "fundamental" lá fora, e trazê-lo para os holofotes. Como artistas, nós costumávamos ter uma escada que precisávamos para subir, e há passos claramente definidos que foram necessários para nos levar à um objetivo, mas agora parece que os quatro primeiros degraus estão ausentes. "

Sobre o tema do potencial da tecnologia para proporcionar aos artistas mais controle sobre a distribuição de sua música, suas datas de turnê, da comunicação com os fãs - atividades tipicamente controladas pelas gravadoras - Mr. Mason disse que não poucos os artistas fazendo isso, mas que todos os músicos e bandas estão, (e devem estar), observando a tendência com muita atenção.

Quanto ao negócio da música, a indústria claramente mudou o foco de músicas gravadas para músicas ao vivo. Performances ao vivo agora é onde está o dinheiro, disse ele, juntamente com merchandising. Ele destacou o Rolling Stones, e os preços elevados que eles cobram por ingressos em seus concertos, como um sinal de quanto a música ao vivo pode ser valiosa - aparentemente mais valiosa do que os álbuns de fato, como mostra a experiência.

Comentando sobre o programa de TV "X Factor" e espetáculos semelhantes, ele disse que foi um erro confundi-los com o negócio da música a nível de estatística, porque eles são outro tipo de entretenimento. Mr. Mason disse que as pessoas que votam em uma banda para ganhar uma competição não seriam necessariamente aquelas que compram ingressos para um concerto na próxima semana. O foco é diferente.

Perguntado por um membro do público sobre qual comportamento Pink Floyd teria num lançamento há esta altura, Mr. Mason admitiu não ter "absolutamente nenhuma ideia."

Fonte: The Wall Street (Jornal)

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